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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

A superioridade brasileira no bull riding


Comentarista da PBR fala sobre a superioridade brasileira no bull riding

Na semana passada, tivemos duas excelentes matérias em dois grandes e respeitados veículos de comunicação internacional, a respeito da superioridade dos brasileiros nas montarias em touro, – o The Wall Stree Journal e o BBC News.

O assunto é bastante polêmico e traz inúmeras discussões. Aproveitando sua visita ao escritório da PBR, o experiente comentarista da PBR André Metzker, deu sua visão sobre a questão. André competiu profissionalmente de 1986 até 2005 e foi finalista da PBR em Las Vegas em 1998. Como muitos destes brasileiros que vivem nos EUA, André também já passou por estes caminhos e sabe exatamente o que isso significa.

André aponta alguns fatores interessantes para esta disparidade que há entre americanos e brasileiros nas montarias em touro e dá seu ponto de vista: “acredito que tenhamos um pouco mais de vantagem por vários fatores, dentre eles o fato de os EUA se envolverem em guerras há décadas e enviar muitos dos seus jovens para os países em guerra. Lembro-me que na minha época havia muitas estrelas americanas – Tuff Hedman, Ty Murray, Clint Branger, Justin McBride, Jerome Davis, etc. – e era muito mais difícil ter sucesso. Acredito também que a crise norte-americana também ajuda essa escassez. Nos EUA, os competidores viajam muito mais, pois ficam em geral dois dias nas cidades onde acontecem os eventos (aqui ficamos quatro dias no mesmo lugar) e se gasta com viagem (muitas vezes avião), hotel, alimentação e inscrição, ou seja, o atleta gasta em torno de U$700 a U$ 1000 dólares cada vez que sai de casa.”

Metzker aponta ainda o fato de o Brasil ter muita área rural, o que faz com que os competidores tenham muito mais intimidade com o campo e animais. Além disso, a má distribuição de renda do país também ajuda positivamente – por ironia – termos bons atletas nesta modalidade, pois, como disse Adriano Moraes em uma das matérias publicadas, “o filho do rico vai praticar golfe e não montar em touro”.

André nos falou também do tanto que o campeonato norte-americano é sonhado pelos atletas brasileiros e que isso também faz com que o competidor que vai pra lá tenha muita dedicação, persistência e se torne um superatleta. “Um exemplo clássico é o competidor Paulo Crimber”, explica Metzker, “que se dedica como ninguém ao esporte, fazendo exercícios regulares e treinamentos. E assim são todos os brasileiros, eles têm um sonho a conquistar e são movidos por isso. As dificuldades que eles têm nos EUA são imensas – barreiras lingüísticas, comida, clima, etc – e ainda assim eles enfrentam, e se não fossem estas barreiras – acrescenta Metzker -, a superioridade seria ainda maior, pois, por conta delas, muitos brasileiros não querem ir, ou vão para lá e voltam para o Brasil por não se adaptarem.”

A temporada do campeonato mundial está chegando ao final e as chances de mais um brasileiro levar o título mundial são altíssimas. Além disso, a final da temporada 2011 do campeonato nacional será em Cajamar de 24 a 27 de novembro e o vencedor vai levar pra casa 1 milhão de reais. Não perca!

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