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quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Peões revelam manias que têm antes de entrar nos rodeios

Rituais e superstições são comuns na Festa do Peão de Barretos.
Há quem evite atender telefonema de namorada antes da competição.

Todo peão que se preze segue um ritual antes de entrar na arena e encarar, além do público, um touro pulador. Em Barretos, cidade no interior de São Paulo onde acontece desde quinta-feira (18) a Festa do Peão de Boiadeiro, as manias são diversas no brete (local onde os animais e os participantes do rodeio ficam antes da montaria). A competição internacional teve início neste fim de semana.

Superstições envolvendo peças de roupas são as mais comuns. “Tem gente que usa a mesma cueca em toda montaria”, diz o peão Gabriel Melhado, de 27 anos. Apesar da insistência da reportagem, ele se nega a dizer quem é o proprietário da peça íntima.
Ele, por sinal, teve no início da carreira fixação com uma calça que usava na montaria. “Eu sempre ganhava quando estava com ela. Depois que ganhei um dinheirinho, comprei outra calça, mais bonita. Mas minha vida não foi a mesma. Comecei a perder”, diz.

O sofrimento do peão aumentou porque ele deu a peça antiga para um amigo. “Se eu soubesse que a calça tinha aquele poder, não daria.” Após algumas competições, a onda de azar passou e os resultados favoráveis voltaram. Atualmente, ele se pega muito à fé em Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, a quem recorre todas as vezes que a ansiedade aumenta.
Há quem tenha manias mais diferentes, como o peão Manoel Alves dos Santos, de 33 anos. Ele evita ao máximo atender telefonemas da namorada nos dias das competições. “Se ela liga, dá errado. Outro dia ela ligou e eu disse: ‘Já não falei que não é para você telefonar?’."
Claudemyr dos Santos, experiente peão de 36 anos, afirma que as manias são uma forma de relaxar a tensão e encarar com mais naturalidade a perigosa competição. “A ansiedade no fundo do brete é enorme. Estamos apenas com Deus e com os colegas.”
Sua mania é mais comum: ele não entra na arena se não tiver pendurada em seu pescoço uma correntinha com uma pequena cruz de prata. “Eu não tiro nunca, nunca mesmo. É a minha proteção."

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